Você estaria disposto — ou quem sabe até já tenha se aventurado — a saborear um gafanhoto crocante como aperitivo? Pois, apesar de não parecer muito apetitoso, nosso receio (para não dizer asco) está baseado em questões culturais, já que para cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo os insetos fazem parte de sua dieta tradicional.
Aliás, de acordo com o pessoal do site The Economist, a FAO — Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura — afirma que comer mais insetos pode ser bom para a população mundial e para o planeta. Segundo a FAO, quanto maior a criatura, mais comida, água e espaço são necessários para produzir o produto comestível final, sem contar o impacto ambiental resultante.
Comparações de peso
Para produzir apenas um quilo de carne, cada cabeça de gado necessita consumir cerca de 8 quilos de alimentos. Além disso, apenas 40% do animal pode ser consumido. Por outro lado, para produzir um quilo de “carne” de grilo, é necessário apenas 1,7 quilo de alimento, e 80% do bichinho é considerado comestível. Além disso, vale destacar que os insetos fornecem altos teores de proteína, micronutrientes e minerais.
Contudo, há décadas que a carne tem sido a principal fonte de proteínas em países ricos, e o consumo em economias emergentes — como o Brasil e a China, por exemplo — vem aumentando gradativamente, já que em alguns desses países poder se alimentar de carne é sinônimo de riqueza. E, claro, com o aumento do consumo global, aumenta também a demanda pela produção e, consequentemente, o impacto ao meio ambiente.
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